sexta-feira, 25 de março de 2011

Roteiro nº 12


LEI DE JUSTIÇA, DE AMOR E DE CARIDADE
PERFEIÇÃO MORAL

Objetivos:
ð     Esclarecer que a Lei de Justiça, de Amor e de Caridade é a base fundamental para a prática de todos as outras leis.

Idéias Principais:
1.      Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho.
2.      Devemos nos colocar no lugar do nosso próximo e procurar dispensar-lhe as mesmas atenções que gostaríamos de receber, se nos encontrássemos em igual situação.
3.      Estamos na Terra para nos aperfeiçoar, por isso, é fundamental que conheçamos os meios para este aperfeiçoamento.
4.      As religiões tem função meramente esclarecedora, mas não asseguram a prática das virtudes que nos conduzem a Deus: isto depende do nosso esforço individual.


Fontes Complementares:
-         O Livro dos Espíritos. Allan Kardec - cap. 9 e 10.
-         Obras Póstumas. Allan Kardec - 1ª parte, As Cinco Alternativas da Humanidade.
-         As Leis Morais. Rodolfo Calligaris.
-         Leis Morais da Vida. Divaldo Franco/Joanna de Ângelis-Cap. XI – pág 227.


SÍNTESE DO ASSUNTO                                                ROTEIRO Nº 12
 

LEI DE JUSTIÇA, DE AMOR E DE CARIDADE


O sentimento de justiça está na natureza, porém, é fora de dúvida que o progresso moral desenvolve esse sentimento, mas não o dá, pois Deus o pôs no coração do homem. Daí vem que, freqüentemente, em homens simples e incultos se deparam noções mais exatas da justiça do naqueles que possuem grande cabedal de saber. Os homens entendem a justiça de modo diferente, porque a esse sentimento se misturam paixões que o alteram, fazendo que vejam as coisas por um prisma falso. A Justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais. Esses direitos são regulados por duas leis: a humana e a natural. Tendo os homens formulados leis apropriadas a seus costumes e caracteres, elas estabeleceram direitos imutáveis com o progresso das luzes. As leis naturais são reguladas pelas leis Divinas, resumidas nesta sentença: “Queira cada um para os outros o que quereria para si mesmo”.

Os direitos naturais são os mesmos para todos, desde os de condições mais humildes até os de posições mais elevadas.

O caráter do homem que pratica a justiça em toda a sua pureza, é o do verdadeiro justo, a exemplo de Jesus, porquanto pratica também o amor ao próximo e a caridade, sem os quais não há verdadeira justiça.

O verdadeiro sentido da palavra caridade é benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.

 O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejáramos nos fosse feito. Tal o sentido destas palavras de Jesus: “Amai-vos uns aos outros como irmãos”. Amar os inimigos é perdoar-lhes e retribuir o mal com o bem. O que assim procede, se torna superior aos seus inimigos.


PERFEIÇÃO MORAL


A virtude mais meritória é a que assenta na mais desinteressada caridade. Toda virtude, entretanto, tem seu mérito próprio, porque todas indicam progresso na senda do bem.

O interesse pessoal é o sinal mais característico da imperfeição do homem. O bem deve ser feito caritativamente, isto é, com desinteresse, e aquele que o faz sem idéia preconcebida, pelo só prazer de ser agradável a Deus e ao próximo que sofre, já se acha num certo grau de progresso, que lhe permitirá alcançar a felicidade muito mais depressa.

O homem que se põe a estudar os defeitos alheios incorre em grande culpa, porque será faltar com a caridade, principalmente se o fizer para criticar e divulgar. Antes de censurarmos as imperfeições dos outros, vejamos se de nós não poderão dizer o mesmo. Tratemos, pois, de possuir qualidades opostas aos defeitos que criticamos no nosso semelhante.

A paixão está no excesso de que acresce à vontade, visto que o princípio que lhe dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões podem levá-lo à realização de grandes coisas. O abuso que delas se faz é que causa o mal. Uma paixão se torna perigosa a partir do momento em que deixamos de poder governá-la e que dá em resultado um prejuízo qualquer para nós mesmos, ou para outrem.

O homem, pelo seus esforços, pode vencer as más inclinações. O que lhe falta é a vontade, mas, se pedir a Deus, com sinceridade, os bons Espíritos lhe virão certamente em auxílio, porquanto essa é a missão deles.

Dentre todos os vícios, o mais radical é o egoísmo. Dele deriva todo o mal. Quem quiser, desde esta vida, ir-se aproximando da perfeição moral, deve expurgar o seu coração de todo o sentimento de egoísmo, visto ser ele incompatível com a justiça, o amor e a caridade. Ele neutraliza todas as outras qualidades.

Verdadeiramente, o homem de bem é o que pratica a Lei de Justiça, de Amor e de Caridade, na sua maior pureza. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem contar com qualquer retribuição, e sacrifica os seus interesses à justiça. É bondoso, humanitário e benevolente para com todos, porque vê irmãos em todos os homens, sem distinção de raça, nem de crenças. Respeita, enfim, em seus semelhantes, todos os direitos que as leis da Natureza lhes concedem, como quer que os mesmos direitos lhe sejam respeitados.

O meio mais prático e mais eficaz para o homem se melhorar nesta vida e resistir da atração do mal, é o que indicou um sábio na antigüidade, quando disse: Conhece-te a ti mesmo.

O conhecimento de si mesmo, é portanto, a chave do progresso individual. Muitas falhas que cometemos nos passam despercebidas. Se, efetivamente, interrogássemos mais amiúde a nossa consciência, veríamos quantas vezes falimos sem que o suspeitemos, unicamente por não perscrutarmos a natureza e o móvel dos nossos atos.


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