DAS PENAS E GOZOS TERRESTRES
Objetivos:
ð Esclarecer que a felicidade dependo do estado de consciência em que nos encontramos.
ð Dizer que se temos fé em Deus e compreendemos suas leis jamais seremos infelizes.
Idéias Principais:
1. A felicidade para o homem com relação à vida material é a posse do necessário. Com relação à vida moral, a consciência tranqüila e a fé no futuro.
2. Quando a Terra se transformar em morada do bem e de Espíritos bons, o homem deixará de ser infeliz.
3. Duas espécies de afeições: a do corpo e a da alma.
Fontes Complementares:
- O Livro dos Espíritos. Allan Kardec - 4ª parte.
- O Céu e o Inferno. Allan Kardec.
SÍNTESE DO ASSUNTO ROTEIRO Nº 14
FELICIDADE E INFELICIDADE RELATIVAS
O homem, na Terra, não pode gozar de completa felicidade, pois a vida aqui lhe foi dada como prova ou expiação. Dele, porém, depende a suavização de seus males e o ser tão feliz quanto possível. Praticando a lei de Deus, a muitos males se forrará e proporcionará a si mesmo felicidade tão grande quanto o comporta a sua existência grosseira. A felicidade do homem, com relação à vida material, é a posse do necessário. Com relação à vida moral, a consciência tranqüila e a fé no futuro. O homem criterioso, a fim de ser feliz, olha sempre para baixo e não para cima, a não ser para elevar sua alma ao infinito. Deve resignar-se e sofrer todos os males sem murmurar, se quer progredir. Se alguns são favorecidos com os dons da riqueza, isto significa um favor aos olhos dos que apenas vêem o presente, mas a riqueza é, de ordinária, prova mais perigosa do que a miséria. Verdadeiramente infeliz o homem só o é quando sofre da falta do necessário à vida e à saúde do corpo. Todavia, pode acontecer que essa privação seja de sua culpa. Então só tem que se queixar de si mesmo. Se for ocasionada por outrem, a responsabilidade recairá sobre aquele que lhe houver dado causa. Deus indica a nossa vocação neste mundo, mas, muitas vezes, os pais, por orgulho ou avareza, desviam seus filhos da senda que a Natureza lhes traçou, comprometendo-lhes a felicidade, por efeito desse desvio. Por outro lado, numa sociedade organizada segundo a lei do Cristo, ninguém deve morrer de fome. Com uma organização social criteriosa e previdente, ao homem só por culpa sua pode faltar o necessário. Porém, suas próprias faltas são freqüentemente resultado do meio onde se acha colocado. No mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons, por fraqueza destes. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos.
PERDAS DE ENTES QUERIDOS
Esta causa de dor atinge assim o rico, como o pobre: representa uma prova, ou expiação. Tem, porém, o homem uma consolação em poder comunicar-se com os seus amigos pelos meios que estão ao seus alcance, enquanto não dispuser de outros mais diretos e mais acessíveis aos seus sentidos. Não há profanação nas comunicações com o além-túmulo, desde que haja recolhimento e quando a evocação seja praticada respeitosa e convenientemente. O Espírito é sensível à lembrança e às saudades dos que lhe eram caros na Terra; mas, uma dor incessante e desarrazoada lhe toca o pensamento, porque, nessa dor expressiva, ele vê a falta de fé no futuro e de confiança em Deus e, por conseguinte, um obstáculo ao adiantamento dos que o choram e talvez à sua reunião com estes.
UNIÕES ANTIPÁTICAS
Os Espíritos simpáticos são induzidos a unir-se, mas entre os encarnados vemos, freqüentemente, que só de um lado há afeição e que o mais sincero amor se vê acolhido com indiferença e, até, com repulsão. Isto constitui uma punição, se bem que passageira. Depois, quantos não são os que acreditam amar perdidamente, porque apenas julgam pelas aparências, e que, obrigados a viver com as pessoas amadas, não tardam a reconhecer que só experimentaram um encanto material. Duas espécies há de afeição: a do corpo e a da alma, acontecendo com freqüência tomar-se uma pela outra. Quando pura e simpática, a afeição da alma é duradoura; efêmera a do corpo. Daí vem que, muitas vezes, os que julgavam amar-se com eterno amor passam a odiar-se, desde que a ilusão se desfaça. A falta de simpatia constitui fonte de dissabores entre os seres destinados a viver juntos. Essa, porém, é uma das infelicidades de que somos, as mais das vezes, a causa principal, e sofremos, então, a conseqüência das nossas ações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário