JUSTIÇA DIVINA
Arrependimento e Perdão
Objetivos:
ð Compreender a importância do arrependimento para o progresso do Espírito.
ð Esclarecer que o verdadeiro perdão se reconhece mais pelos atos do que pelas palavras.
ð Estabelecer a diferença entre o perdão dos lábios e o perdão do coração.
Idéias Principais:
1. Cedo ou tarde, o Espírito faltoso reconhecerá o caminho que está trilhando e arrepender-se-á.
2. O perdão cristão, é aquele que lança um véu sobre o passado.
3. Feliz daquele que pode todas as noites adormecer dizendo: “Nada tenho contra o meu próximo”.
Fontes Complementares:
- O Livro dos Espíritos. Allan Kardec - cap. 14 e 15, cap. 12.
- O Evangelho Segundo o Espiritismo. Allan Kardec - cap. 10.
- Justiça Divina. Francisco Cândido Xavier/Emmanuel - cap. Melhorar.
- O Espírito de Verdade. Francisco Cândido Xavier - cap. 24, 27, 30 e 77.
- Celeiro de Bênção. Divaldo Pereira Franco/Joanna de Angelis - cap. 36, 28, 15 e 25.
SÍNTESE DO ASSUNTO ROTEIRO Nº 13
O ARREPENDIMENTO
Arrependimento é o reconhecimento do erro praticado. É a sensação desagradável e dolorosa que assalta o Espírito, em determinadas ocasiões, quando a consciência o censura de algo. Quando arrependido, compreende que suas imperfeições o privam de ser feliz.
Se desencarnado, aspira nova existência, em que possa expiar suas faltas, podendo começar este trabalho imediatamente.
Se não reconheceu suas faltas durante a vida corporal, as reconhecerá na vida espiritual. É o arrependimento que chega.
Há Espíritos que, sem serem maus, não se ocupam com nada útil. Tem o desejo de abreviar suas dores, mas não dispõe de energia suficiente, para modificar seu modo de proceder.
Outros Espíritos há que se arrependem, porém em seguida, deixam-se arrastar no caminho do mal, por Espíritos ainda mais atrasados.
Não se deve perder de vista que o Espírito, depois da morte, não se transforma subitamente. Ele pode persistir em seus erros, em suas falsas opiniões, em seus preconceitos, até que seja esclarecido pelo estudo, pela reflexão e pelo sofrimento.
O arrependimento sincero não basta para apagar as faltas, mas ajuda no progresso do Espírito, apressando sua reabilitação.
O PERDÃO
Quantas vezes perdoarei a meu irmão? Perdoar-lhe-eis, não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes. Aí tendes um dos ensinos de Jesus que mais vos devem percutir à inteligência e mais alto falar ao coração. Confrontai essas palavras de misericórdia com a oração tão simples, tão resumida e tão grande em suas aspirações, que ensinou a seus discípulos, e o mesmo pensamento se vos deparará sempre. Ele, o Justo por excelência, responde a Pedro: perdoarás ilimitadamente, perdoarás cada ofensa tantas vezes quantas ela te for feita; ensinarás a teus irmãos esse esquecimento de si mesmo, que torna uma criatura invulnerável ao ataque, aos maus procedimentos e às injúrias; serás brando e humilde de coração, sem medir a tua mansuetude; farás, enfim, o que desejas que o Pai Celestial por ti faça. Não está ele a te perdoar freqüentemente?
Prestai, pois, ouvidos a essa resposta de Jesus e, como Pedro, aplicai-a a vós mesmos. Perdoai, usai de indulgência, sede caridosos, generosos, pródigos até do vosso amor. Dai, que o Senhor vos restituirá; perdoai, que o Senhor vos perdoará; abaixai-vos, que o Senhor vos elevará; humilhai-vos, que o Senhor fará vos assenteis à sua direita.
Mas, há duas maneiras bem diferentes de perdoar: há o perdão dos lábios e o perdão do coração. Muitas pessoas dizem, com referência ao seu adversário: “Eu lhe perdôo”, mas interiormente, alegram-se com o mal que lhe advém, comentando que ele tem o que merece. Quantos não dizem: “Perdôo” e acrescentam: “mas não me reconciliarei nunca; não quero tornar a vê-lo em toda a minha vida”. Será esse o perdão, segundo o Evangelho? Não; o perdão cristão é aquele que lança um véu sobre o passado; esse o único que vos será levado em conta, visto que Deus não se satisfaz com aparências. Ele sonda o recesso do coração e os mais secretos pensamentos. Ninguém se lhe impõe por meio de vãs palavras e de simulacros.
O esquecimento completo e absoluto das ofensas é peculiar às grandes almas; o rancor é sempre sinal de baixeza e de inferioridade. Não olvides que o verdadeiro perdão se reconhece muito mais pelos atos do que pelas palavras.
Espíritas, jamais vos esqueçais que, tanto por palavras, como por atos, o perdão das injúrias não deve ser um termo vão. Pois que vos dizeis espíritas, sede-o. Olvidai o mal que vos hajam feito e não penseis senão numa coisa: no bem que podeis fazer. Aquele que enveredou por esse caminho não tem que se afastar daí, ainda que por pensamento, uma vez que sois responsáveis pelos vossos pensamentos, os quais todos, Deus conhece. Cuidai, portanto, de os expungir de todo sentimento de rancor. Deus sabe o que mora no fundo do coração de cada um de seus filhos. Feliz, pois, daquele que pode todas as noites adormecer, dizendo: “Nada tenho contra o meu próximo”.
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