sexta-feira, 25 de março de 2011

Roteiro nº 9


LEI DE CONSERVAÇÃO
LEI DE DESTRUIÇÃO


Objetivos:
ð     Definir o que é destruição e estabelecer a diferença entre destruição necessária e destruição abusiva.
ð     Analisar quais são as conseqüências morais das guerras, assassinatos, pena de morte, etc.
ð     Explicar o que é instinto de conservação e qual a sua finalidade.
ð     Estabelecer uma comparação entre o necessário e o supérfluo para o homem.

Idéias Principais:
1.      É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar.
2.      Toda destruição que excede os limites da necessidade é uma violação da lei de Deus.
3.      O homem é impelido à guerra pela “predominância” da natureza animal sobre a natureza espiritual.
4.      A pena de morte é um crime.
5.      É da lei da Natureza o instinto de conservação.
6.      O instinto de conservação é necessário porque todos tem que concorrer para o cumprimento dos desígnios da Providência. Por isso foi que Deus lhes deu a necessidade de viver.
7.      A Terra produz de modo a proporcionar o necessário aos que a habitam, visto que só o necessário é útil. O supérfluo nunca é.



Fontes Complementares:

-         O Livro dos Espíritos. Allan Kardec - questões 702 a 741.
-         O Evangelho Segundo o Espiritismo. Allan Kardec - cap. 25 e 12
-         Nas Pegadas do Mestre. Vinícius - Flagelos da Humanidade.
-         As Leis Morais. Rodolfo Calligaris - A Lei de Conservação.
-         Leis Morais da Vida. Divaldo Franco/Joanna de Ângelis-Cap. V-VI – pág 87-113.

SÍNTESE DO ASSUNTO                                                ROTEIRO Nº 9
 

LEI  DE CONSERVAÇÃO


Todos os seres vivos possuem o instinto de conservação, seja qual for o grau de sua inteligência. Em uns, é puramente maquinal, raciocinado em outros. Todos os seres tem que concorrer para o cumprimento dos desígnios da Providência, daí porque Deus lhes outorgou o instinto de conservação. Acresce que a vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres. Eles o sentem instintivamente, sem disso se aperceberem.

Tendo dado ao homem a necessidade de viver, Deus lhe facultou, em todos os tempos, os meios de o conseguir. Essa a razão por que faz que a Terra produza de modo a proporcionar o necessário aos que a habitam, visto que só o necessário é útil. A Terra produziria sempre o necessário, se com o necessário soubesse o homem contentar-se. Se a uns falta os meios de subsistência, ainda quando os cerca a abundância, deve-se atribuir isso ao egoísmo dos homens, que nem sempre fazem o que lhes cumpre.

O uso dos bens terrenos é um direito de todos os homens. Deus não imporia um dever sem dar ao homem o meio de cumpri-lo. Pôs atrativos no gozo dos bens materiais, objetivando, assim, desenvolver-lhe a razão, que deve preservá-lo dos excessos.

O homem que procura nos excessos de todo o gênero o requinte do gozo, coloca-se abaixo do bruto, pois que este sabe deter-se, quando satisfeita a sua necessidade.

Aquele que é ponderado conhece o limite do necessário por intuição. Muitos só chegam a conhecê-lo por experiência e à sua própria custa. Por meio da organização que lhe deu, a Natureza traçou ao homem o limite das necessidades; porém, os vícios lhe alteraram a constituição e lhe criaram necessidades que não são reais.

Meritório é resistir à tentação que arrasta ao excesso ou ao gozo das coisas inúteis: e o homem poder tirar do que lhe é necessário para dar aos que carecem do bastante.

Privar-se a si mesmo e trabalhar para os outros, tal a verdadeira mortificação, segundo a caridade cristã. Não é racional a abstenção de certos alimentos, pois, permitido é ao homem alimentar-se de tudo o que não lhe prejudique a saúde.

Os sofrimentos naturais são os únicos que elevam o homem, porque vem de Deus. Os sofrimentos voluntários de nada servem, quando não concorrem para o bem de outrem.


LEI  DE DESTRUIÇÃO


Preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar. O que chamamos de destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhoria dos seres vivos. Para se alimentarem, os seres vivos reciprocamente se destróem, destruição esta que obedece a um duplo fim: manutenção do equilíbrio na reprodução, que poderia tornar-se excessiva, e utilização dos despojos do invólucro exterior que sofre a destruição e que não é parte essencial do ser pensante.

A Natureza cerca os seres de meios de preservação e conservação a fim de que a destruição não se dê antes do tempo.

Toda destruição que excede os limites da necessidade é uma violação da lei de Deus. Os animais só destróem para satisfação de suas necessidades, enquanto que o homem, dotado de livre-arbítrio, o faz sem necessidade. Terá que prestar contas do abuso da liberdade que lhe foi concedida, pois isso significa que cede aos maus instintos.

A vida terrena pouco representa com relação à vida espiritual; - por isso, pouca importância tem para o Espírito os flagelos destruidores, sob o ponto de vista do sofrimento. Por ocasião das grandes calamidades que dizimam os homens, o espetáculo é semelhante ao de um exército, cujos soldados, durante a guerra, ficassem com os seus uniformes estragados, rotos, ou perdidos.

O que impele o homem à guerra é a predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e transbordamento das paixões. À medida que ele progride, menos freqüente se torna a guerra. Quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus, a guerra desaparecerá da face da Terra. Grande culpado é aquele que suscita a guerra.

A crueldade é o instinto de destruição no que tem de pior, porquanto, se, algumas vezes, a destruição constitui uma necessidade, com a crueldade jamais se dá o mesmo. Ela resulta sempre de uma natureza má. A crueldade forma o caráter predominante dos povos primitivos, porquanto nestes a matéria prepondera sobre o Espírito. A crueldade se encontra também no seio da mais avançada civilização, do mesmo modo que numa árvore carregada de bons frutos se encontram verdadeiros abortos, pois Espíritos de ordem inferior podem encarnar entre homens adiantados, na esperança de também se adiantarem.

O que se chama ponto de honra, em matéria de duelo não passa de orgulho e vaidade. Um dia, quando os homens estiverem mais esclarecidos, desaparecerá da face da Terra a pena de morte. Há outros meios de se preservar do perigo, que não matando. Demais, é preciso abrir e não fechar ao criminoso a porta do arrependimento.


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